O Museu José Luciano de Castro está instalado no Palacete, mandado construir, em 1860, pelo eminente jurisconsulto Alexandre Ferreira de Seabra, que foi sogro de José Luciano de Castro. É constituído por um pequeno mas significativo acervo de obras de arte e de peças e documentos de interesse histórico, oriundas da doação testamentária à Santa Casa da Misericórdia de Anadia feita pelas Filhas de Luciano de Castro.

Neste espólio, juntam-se objectos de Família e objectos pessoais de José Luciano de Castro, nomeadamente muitos dos que se referem à sua vida pública e distribuem-se pelas seguintes colecções:


Pintura  |  Desenho e Gravura  |  Plantas  |  Fotografia  |  Imaginária  |  Mobiliário  |  Cerâmica e Vidros  |  Objetos de Ourivesaria  |  Condecorações  |  Numismática  | Traje (civil e oficial)   |  Livros e Documentos em papel  |  Diversos cartões e convites alusivos a acontecimentos da político-social de José Luciano de Castro e Família  |  Conchas do Mar


O Museu abre-se ao público em um espaço de circulação que inclui uma pequena Capela dedicada a Sant’Ana, onde se vê um belíssimo retábulo em estilo barroco, junto da qual se mostra, igualmente, um expressivo núcleo de Arte Sacra. O ambiente e vida pessoal e pública do Conselheiro José Luciano de Castro, enquanto Presidente do Conselho de Ministros do Reino, nos últimos anos da Monarquia, pode ver-se retratado em outras salas.

Este núcleo relativo à vida de José Luciano de Castro, insere-se, desde logo, no contexto arquitectónico do Palacete onde viveu com sua Mulher, D. Maria Emília Cancella de Seabra e Filhas, D. Henriqueta e D. Júlia Seabra de Castro, antes e depois dos conturbados finais da Monarquia e mudança de regime político, em Portugal.

Integra, também, o acervo do Museu um conjunto de desenhos e aguarelas da autoria da Rainha D. Amélia de Orleães e Bragança, realizadas entre 1893 e 1906.

Entre muitas outras coisas pode ver-se, igualmente, em sala própria, uma interessante colecção de algumas centenas de conchas de moluscos marinhos, maioritariamente provenientes da costa africana do Índico, oferecida pelo Capitão da Força Aérea José Ribeiro Relvas. São igualmente dignos de interesse os vários tipos de mosaicos e azulejos que ornamentam paredes interiores e exteriores do edifício.